sobre mulheres da sociedade XXI

Poderia chamar esse texto de expectativa x realidade, mas não acho que vem a calhar quando se trata de falar de mulheres. Grande parte das situações que acontecem na vida são baseadas em expectativas, mas a consequência disso geralmente (nem sempre) são pessoas frustradas com a vida. Uma desilusão amorosa ou um suco ruim, seja qual for a situação. O ser humano tem o dom da imaginação. A sociedade também é baseada nesses (pré)conceitos. Na minha visão o preconceito é uma expectativa.
Seja qual for sua expectativa, sabe qual a realidade? As mulheres não são iguais. E com isso não estou dizendo que os homens são. Acredito que enquanto ser humanos ninguém é igual e nem uma pessoa pode ser comparada a qualquer outra. Vou trazer à tona uma situação bem fácil de visualizar: Imagine duas mulheres. Uma que usa sapatilha e uma que usa salto. Pronto. Analisando essa imagem podemos ver dois elementos derivados de um mesmo gênero, mas com gostos ou preferências diferentes. Isso não quer dizer que a mulher que usa sapatilha não possa ser uma advogada, ou uma empresária e que a outra não possa ser uma vendedora. O que envolve as suas respectivas escolhas são sua bagagem cultural. Tudo o que constitui ela enquanto pessoa.
Mas o que a sociedade delimitou desde o princípio é o contrário, não é? Não falam apenas sobre modo de vestir. Questiono mesmo o modo de ser. Qual o motivo de hoje haver tantos (pré)conceitos já estipulados e obedecidos? Falam em mulher independente. Falam em mulher que beba parelho com homem, que abra a porta do carro, que assuma suas contas. Porém quando a situação é essa os comentários se restringem a: “nossa! Olhem aquela mulher, nem parece mulher! Que coisa mais horrível!”. Isso quando não chamam de lésbica ou travesti nas entrelinhas. Jamais perguntam: “O que se passa na cabeça dela?”.
Identidade, nem sempre é pagar suas próprias contas. Mas sabe o que é? É clichê ao ponto de dizer ser você mesmo, pensar do jeito que você quer e nem sempre obedecer as influências sociais. As pessoas não se importam com elas mesmas. Elas esperam um comportamento idealizado. Só se livra disso quem consegue abrir a mente. E não digo que pra isso tem que pensar igual a mim. Identidade é tudo o que a sua vida lhe levou a ser, a se tornar. É a sua bagagem cultural.
Depois disso então digo. Mulheres! Sejam quem vocês são. Se vocês são do tipo que se acerta fazendo todo o serviço doméstico e trabalhando fora, ainda mãe e esposa, sejam essa. Se vocês são do tipo que trabalham fora e não gostam de serviço doméstico nem crianças nem marido, contratem algum empregado. Se quer ser mãe, azar, seja. Se quer ser esposa, seja. Se quer ser estudante, seja. Não se importem em o que os homens pensem de vocês. Ou se é que você quer ter um par que você precise de um qualquer.
No caso de querer um amante (namorado(a), marido(esposa) ou amante mesmo). Pense antes em vocês mesmas. Não precisam fazer mudanças drásticas para serem aceitas por alguém. As mudanças acontecem naturalmente em um relacionamento. Uma hora vai aparecer o trabalho adequado, o par adequado, ou até a vida solitária e viajante adequada. Ninguém é igual. E essas são as mulheres XXI. Mulheres em constante mudança. Mulheres nuas, mulheres cruas.
p.s.: não precisando se limitar apenas a mulheres.
É meio doloroso retomar a pensar nisso depois de tanto tempo. Mas sabe aquela música que mesmo que eu não tenha escutado contigo ou que não conte nossa história lembra todos os nossos momentos? Pois é...  
Percebo que a dor realmente aparece quanto teu nome entra na história. Se tu me fez tão mal porque eu te quero cada vez mais e mais perto de mim? Não foi comodidade, pois isso a gente nunca teve. Um relacionamento respeitoso sempre foi apesar da abertura dada em função da nossa amizade. Sei que é difícil de lidar com meu extremo sentimentalismo, mas tu me entendia muito bem. Se isso não foi - ou é - amor, desconheço esse indivíduo. Percebo que foi tu exatamente quando tento me permitir a seguir adiante e volta tudo a lembrança e eu travo no tempo de novo. A vida parece ter um vazio. Não sei se me faço entender. Eu sei que tu me entende e sabe do que eu falo. Acho que é o mesmo que tu sente em relação a outra pessoa e por isso deixa claro que acima de qualquer coisa que aconteça é puro passatempo e que isso jamais se tornará uma coisa séria. Te entendo nos momentos que por mais que tu simpatizasse comigo tu não conseguia me devolver todo o sentimento que eu te dava. 
Dizem que é amor quando até os defeitos se tornam nulos. Quando todos os erros e as traições são perdoadas sem pensar duas vezes. Quando o meu valor não é nada perto do meu sentimento. E quando eu me relaciono com outra pessoa e não consigo produzir sentimento algum além de apenas apreço, pode ser considerado amor também? Acho que eu sofro dessa doença. Será que é contagiosa? Queria que tu te contagiasse também...
Eu queria acreditar que aquelas voltas do mundo que a gente conversava aconteceriam um dia desses. Quem sabe nem agora, mas quando estivermos com a vida feita e quem sabe em outro lugar do mundo. A primeira é tolerável, a segunda é suspeita, agora a terceira... Tu mesmo dizia isso. 
É estranho hoje abrir tua conversa e ver em branco, sem nada. Depois de ter acontecido tanta coisa... nada. Será que foi isso que restou? Será que o final feliz era esse? São tantas perguntas que eu tenho pra te fazer e eu nem consigo escrever um "oi". Não tem explicação. 
Vou aproveitar esse mero texto pra te dizer algumas coisas. Não sei quanto tempo isso vai durar ainda, mas tá bem complicado continuar vivendo assim. Nem que fosse um sinal de fumaça poderia ajudar já. Fazem 4 meses, e o que eu acredito que ainda tá em tempo hábil pra tu cair no esquecimento como tantos outros que quase se igualaram a esse sentimento na minha vida. O tempo faz bem pra alma e pro coração quase todas as vezes. Quero que tu fique bem e principalmente eu fique bem. 

devaneios de uma canceriana

Sento. Pego meu caderno. E mais uma vez leio todos meus relatos. Relatos de momentos de reflexão. Reflito a vida, os amores, o passado e o futuro incerto. Incerteza é o que eu mais encontro por aqui. A cada relida dada nesses textos dramáticos são algumas manchas a mais nas letras que foram trabalhadas e caprichadas um dia. Um dia que já passou. Um passado que continua vivo e relatado. Minha vida até muda, meus desejos mudam, objetivos... mas a razão das minhas tristezas é sempre da mesma fonte. As dores na mão de segurar a caneta firme são a única coisa que passa, mas sempre acaba voltando igual a razão de eu escrever.
Meus mates cada vez mais tardios... Minha coleção de livros não lidos só aumenta. Exatamente como a minha coleção de lágrimas sem motivo. Eu sou uma confusão. Eu não me entendo. Como vou querer que alguém entenda ou conviva com isso? Inúmeras letras, incontáveis diálogos comigo mesma. Muitas vezes inacabados ou acabados de supetão. Eu sou de muitas faces. As vezes muitas o suficiente para confundir eu mesma. Minhas mil faces, meus mil desejos... todos misturados. Me deixam louca. Uma louca boba, uma louca boa, uma loba, uma leoa ou até mesmo um caranguejo.

mais uma de amor

Muitos feitos, muitos escritos, excesso de sentimentos. Pra um coração tranquilo, cheio de amor, encontrar alguém não é tão fácil. A gente se engana, sofre, chora. Por que dói o desamor. Esquecimento não é uma tarefa fácil, mas não deixa de ser possível de ser concluída. "Confusão" é a única palavra que define a sensação de amar. 
E será que isso é amor? Eu não sei, mas é forte, deixa saudade, e sente falta de um abraço. Dá carência. Faz mil planos - talvez impossíveis -. E sente, sente até mais do que deveria sentir.
"No fundo alguma coisa me diz que vai dar tudo certo. Que os caminhos são tortos, mas a chegada é certa. Que há coisas bonitas esperando lá na frente se a gente acredita. E eu ACREDITO." Acredito que nossos planos incertos possam se concretizar.