Filme muito indicado e comentado. Mistura o mundo dançante e na minha opinião o que a verdadeira bailarina passa, mas com toda a certeza, um tanto exagerado. Eu, ainda não assisti ao filme, mas depois de ler vários textos e sinopses formo uma opinião sobre o assunto.
Martha Medeiros diz no Zero Hora deste domingo que a bailarina se manifesta no lado claro e escuro do repertório, precisa interpretar dois personagens antagônicos num mesmo ballet. Interpretar algo que a amedronta e esgota, sendo virginal e erótica. Como viver com tamanha contradição?
Qualquer bailarina que se preze, pode confirmar o que eu digo. Temos que nos confrontar com nós mesmos, vencer nós mesmos. Se queremos ser destaque em algo precisamos romper nossas próprias barreiras. Para conseguir o papel principal em um repertório a bailarina de ballet precisa mostrar para ela e para os outros que ela é capaz de entrar no personagem e viver com todos os sentidos.
No lago dos cisnes, interpreta uma moça pura e virginal que foi presa por um feiticeiro no corpo de um cisne branco. Conforme o feitiço, de dia ela seria cisne e a noite reassumiria sua forma humana, e só seria desfeito o tal se um homem lhe jurasse amor verdadeiro. A mãe da moça, de tristeza, chorou muito e suas lágrimas transformaram-se num lago em que os cisnes se reuniam. Um príncipe, tinha ganhado arco e flechas no seu aniversário e tinha saido com o propósito de caçar, quando se deparou com as aves se transformando em mulheres. Se apaixonou pela Rainha dos Cisne, Odette, e a convidou para um baile na noite seguinte. No baile o feiticeiro aparece com sua filha, mas ela com aparência de Odette, como se fosse um cisne transformado. Ela seduz o príncipe e ele lhe jura amor eterno pensando ser Odette, portanto o feitiço jamais seria quebrado, pois o cisne branco percebe q o único que a amou não lhe era mais fiel. Voando de volta ao lago, Odette se depara com o feiticeiro que lhe pede perdão e entende que a Rainha dos Cisnes será para sempre uma ave. Desesperada e magoada, o Cisne branco atira-se no lago e morre, porque somente a morte lhe daria a tão sonhada liberdade.
Viver em todos os sentidos o personagem, faz a bailarina se debater com a própria personalidade e a personalidade do personagem. Isso entra na vida, cada passo que ela dá, ela vai trazer a tona, talvez não tão diretamente, mas trará para sua vida aquela história, ou aquela relação.
A bailarina não é só a bailarina, é dois personagens dentro da trama de sua vida.
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