ultimo café

Permaneci ali. Sentada. Tomei o ultimo gole do café e olhei para o lado. Aquele moço parecia triste. Algo me incomodava naquele olhar. Não fazia ideia do que se passava naquela cabeça quando caiu aquela lágrima repentinamente. Ele me olhou e eu disfarcei. Não pretendia que ele percebesse que eu observava-o. O celular tocou. Uma mensagem. De quem seria? Ele sorriu meio tímido, e logo deixou que aquela face triste voltasse. Sutilmente olhei nos olhos dele, e esperei ele olhar nos meus. Perguntei se estava tudo bem e ele me perguntou o motivo de eu, uma total estranha, perguntar isso a ele. Falei que se os conhecidos não são capazes de perceber quando uma pessoa tão próxima está estranha ou parece triste, eu ao menos iria oferecer o meu braço amigo -desconhecido-. Não acho que um ser humano mereça estando mal ser deixado de lado. Não gostaria que fizessem isso comigo. Ele pede a conta, levanta, e sai, me deixando ali de pé ao lado da mesa, olhando para o assento vazio.

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